Cinco dólares (ou R$19,50 pela cotação atual) é o preço do Pi Zero, computador minúsculo lançado pela Raspberry Pi Foundation. É muito barato*.
“De todas as coisas que fazemos na Raspberry Pi, diminuir o custo do hardware permanece como a mais importante. Mesmo em países desenvolvidos, um computador programável é um item de luxo para a maioria das pessoas, e cada dólar que pedimos diminui a chance de elas se envolverem,” escreve o fundador Eben Upton.
O preço do Pi Zero pode indicar peças baratas, mas não é o caso: ele é equipado com processador Broadcom BCM2835 com núcleo 1GHz ARM11, 512MB de memória LPDDR2 SDRAM, slot para cartão microSD, entradas microUSB (1 para dados e 1 para alimentação) e mini-HDMI, além da interface GPIO de 40 pinos para projetos de automação.
Para quem o Pi Zero é interessante?
Sou da opinião que este hardware pode ser de grande valor na Educação e na inclusão digital. Financiado pelas prefeituras ou pelos governos estadual e federal, o Pi Zero pode permitir que sejam instituídas aulas de programação nas escolas públicas; ou ser adaptado para introdução em áreas rurais e comunidades carentes.
O Governo Federal já possui projetos de inclusão digital, mas um computador custando o preço de um BigMac faz com que o custo do subsídio seja bem menor e, atrelado a projetos de internet pública, o Pi Zero pode garantir inclusão a um sem-número de pessoas.
E eu, o que faria com um Raspberry Pi?
Que pergunta mais idiota, lógico que seria um videogame! Já há alguns anos o site petRockBlog mantém o script chamado RetroPie, que configura diversos emuladores e pode ser usado tanto por quem entende de programação quanto por quem prefere o trabalho já feito.
Apesar de não ser exatamente a favor da emulação (ainda mais eu sendo colecionador), é uma ideia bastante tentadora soldar uma série de botões e joysticks (usando o IPAC2) e montar uma máquina de arcade para jogar os clássicos a um preço interessante.
*Tão barato que veio grátis na edição 40 da revista MagPi.